quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Sem plano de voo - Entrevista com Alex Escobar


Por Daniel Santos, Mariana Teixeira, Julliana Martins e Raíssa Fontes.


Entrevista com Alex Escobar
(Foto: Divulgação) 


Não tenho mais sonho pra sonhar. Meu sonho talvez seja ficar aqui (na Globo) enquanto tiver saúde e eles me derem um cantinho. É muito bom estar aqui, acho que o fato de não fazer planos tem me ajudado, porque isso diminui a ansiedade. Se eu posso dar uma dica pra vocês é: não façam planos! 

Comissário de bordo, locutor, apresentador, comentarista. A carreira de Alex Escobar passou por diversas mudanças inesperadas, com uma mistura de coincidências e talento, Alex construiu uma história memorável e inspiradora.
Escobar é apresentador do Globo Esporte, programa que é transmitido todos os dias pela Rede Globo. Desde 2008, ele possui essa função, no entanto, nem sempre foi assim. Antes de começar sua carreira no jornalismo, era comissário de bordo. Isso mesmo, trabalhava na área da aviação. Um ramo distante do seu sonho, contudo foi o responsável pela primeira oportunidade para realizá-lo.
Após trabalhar como locutor de voo, seu primeiro emprego na comunicação foi na rádio JB FM. Passado algum tempo, foi convidado para mediar a mesa do programa esportivo Rock Bola, transmitido pela Rádio Cidade. Segundo ele, ser torcedor do América foi o motivo pelo qual conseguiu o emprego. Nascido no bairro de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Escobar disse que desde criança adora futebol e sempre assistiu aos jogos prestando atenção na tática. Por isso, quando foi convidado para trabalhar com esporte, não hesitou.
Em 2003, Alex Escobar entrou para televisão e não saiu mais. Em 2016, é um sucesso como apresentador do Globo Esporte e, recentemente, começou uma nova função na tevê Globo, o de narrador de jogos de futebol. Nesse cargo, passou a lidar mais frequentemente com as críticas, situação na qual não estava acostumado.
Com um início de carreira praticamente ao acaso, Alex Escobar participou de três copas do mundo, comentou a final de uma delas pelo canal SporTV e é um jornalista estabilizado na profissão. Nessa entrevista, ele demonstrou uma grande felicidade pelo seu trabalho e compartilhou sua inusitada trajetória profissional conosco. 

Eu li que você foi comissário de voo e vi também que você sempre quis trabalhar no rádio. Por que você investiu primeiro na área da aviação e não no jornalismo? 
Alex Escobar: Porque ninguém queria deixar eu trabalhar no rádio (risos). Eu precisava trabalhar, e o voo foi uma oportunidade de fazer um curso que durava seis meses. Era uma forma de eu ganhar um salário um pouco melhor, rápido, então foi por isso que eu fui pro voo. Mercenário total. Voei por 4 anos, é muito legal para quem não tem vínculo. Sou um cara que tenho vínculos, tenho com meus pais, já tinha minha filha mais velha e eu sentia falta dela pra caramba. Uma vez por ano a gente morava na Arábia Saudita, ficava três meses lá, voando pelos países muçulmanos, e eu decidi que ia sair da aviação porque uma vez, quando voltei de uma viagem dessas, a Mariana (filha mais velha de Alex) não quis ir no meu colo, ficou me estranhando uns dois ou três dias.
A oportunidade (no jornalismo) surgiu fazendo uma locução de bordo no avião, um colega ouviu, achou legal e falou “meu cunhado trabalha na JB FM, é locutor, vou falar com ele pra fazer um teste contigo lá”. Quando ele chegou no Brasil, o cara me ligou. Eu fui, fiz o teste e ele me retornou no dia seguinte dizendo “cara, seu teste ficou muito ruim. Vem fazer de novo, eu vou com você no estúdio, vou te mostrar umas coisas que você precisa melhorar”. Fui, realmente ficou bem diferente do que eu tinha feito. Quase um ano depois a rádio me chamou, eu já tinha até deixado para lá, mas me chamaram e eu larguei o voo para iniciar minha carreira no rádio. JB FM e depois Rádio Cidade com o Rock Bola (programa esportivo). 

Você sempre quis trabalhar com esporte? 
Alex Escobar: Eu sempre me interessei muito por esporte, desde molequinho. Esporte não, por futebol. Em 2002, ano de Copa do Mundo, a rádio tinha mudado para Rádio Rock e achou que tinha que ter um programa de futebol com uma linguagem diferente. Ela queria torcedores e juntou um de cada time comigo apresentando, porque eu sou América, acabei ficando imparcial. Esse programa bombou, deu muito certo, foi muito legal, eu fiquei de 2002 a 2005. Eu já estava acumulando com a SporTV desde 2003 e a partir de 2005 fiquei só na tevê.

Eu decidi que ia sair da aviação porque uma vez, quando voltei de uma viagem dessas, a Mariana (filha mais velha de Alex) não quis ir no meu colo, ficou me estranhando uns dois ou três dias.

Eu vi que essa sua oportunidade na SporTV veio de uma maneira inusitada. Em um churrasco?
Alex Escobar: Foi, cara, muito louco. A rádio organizou um futebol com churrasco com a banda Detonautas e nós sorteamos dez ouvintes para participar. Eu joguei a primeira, perdi, vi que já estava saindo carne, que a cerveja já estava gelada, aí fiz o meu prato, sentei e vi um cara meio deslocadão com um prato na mão, camisa social, e o convidei para sentar. Ele falou “sou amigo do Tico (vocalista da banda Detonautas), ele comentou dessa pelada, vim assistir”. A gente começou a conversar, ele me fez várias perguntas e eu fui contando pra ele da minha vida até ali. Até que ele me perguntou “mas o que você pretende da tua vida?”. Falei, “cara eu não sei, eu só não quero ficar velho no Rock Bola, porque vai chegar uma hora que vou ficar um velho bobo, não sei qual o prazo de validade e isso me preocupa um pouco. Eu queria continuar trabalhando com esporte”. Ele pegou um cartão no bolso e era diretor do SporTV. Marcamos um almoço para o dia seguinte, fiz teste de narrador e comentarista, e ele foi tanto com a minha cara que falou “cara, eu acho que você poderia narrar, mas teria que esperar mais, eu posso já te colocar como comentarista, você vai ganhar menos, mas você vai entrar”. E assim foi, entrei em 2003 e fiquei cinco anos lá. 

Quando você foi chamado para trabalhar na Globo, você teve alguma dificuldade em aceitar?
Alex Escobar: Nenhuma dificuldade (risos). Primeiro que era um desafio diferente, eu vim pro Bom Dia Brasil, onde era um misto de apresentador e comentarista. A gente batia papo, fazia perguntas, eu comentava o que tinha acontecido e ao mesmo tempo apresentava os gols, então achei maneiro. Além disso, na Globo, o céu é o limite. Você entra aqui e não sabe pra onde vai. Entrar aqui, profissionalmente, é maneiro demais, você não sabe onde vai chegar, então não pensei duas vezes.

Como você recebeu a notícia que ia ser apresentador do Globo Esporte? Como foi lidar com essa novidade?
Alex Escobar: A Globo estava com muita dificuldade de audiência. O Wagner Montes (apresentador do programa “Balanço Geral”, da Rede Record) estava fazendo sucesso para caramba com o programa dele e rivalizava muito com a gente. Até que a Globo contratou uma pesquisa para entender por quê isso estava acontecendo.  A pesquisa apontou que as pessoas das classes C, D e E diziam que a Globo não as entendia, que a gente não falava a língua deles. Eles se sentiam representados pelo Wagner Montes. Nosso diretor na época, João Pedro Paes Leme, saiu da reunião atordoado, entrou na redação do esporte da Globo e falou: “Caraca, só tem gente da Zona Sul nessa redação, só tem playboy, como a gente vai fazer isso, como vamos falar para essa galera?”. Eu estava no cantinho conversando com o Afonso (Garschagen, editor-chefe do Globo Esporte) e aí ele me viu, lembrou que sou de Bangu e me chamou pra apresentar um Globo Esporte reformulado. A partir daí, eu e o Afonso ficamos encarregados de popularizar o programa. 

A pesquisa apontou que as pessoas das classes C, D e E diziam que a Globo não as entendia, que a gente não falava a língua deles. Eu estava no cantinho conversando com o Afonso (Garschagen, editor-chefe do Globo Esporte) e aí ele me viu, lembrou que sou de Bangu e me chamou pra apresentar um Globo Esporte reformulado.

Você foi apresentador do Esporte Espetacular em 2015. Por que você voltou para o Globo Esporte, pouco mais de um ano depois?
Alex Escobar: Pois é, não sei. São coisas da direção, não sei como é com o Bonner, mas aqui a gente não escolhe nada não (risos). Eles é que decidem, para o Esporte Espetacular foi assim, me chamaram, falaram “você já está há cinco anos no Globo Esporte, a gente acha que você precisa dar uma mudada”. Fiquei um ano, mas durante a Olimpíada me procuraram para dizer que eu ia voltar para o Globo Esporte e que não devia ter saído. 

Como foi sua experiência no Esporte Espetacular?
Alex Escobar: Gosto mais do Globo Esporte. Para quem faz programa ao vivo é igual a jogar bola, andar de bicicleta, você precisa fazer, você fica com ritmo de jogo, sabe?

Você não pode se desconcentrar. Não pode confundir a tranquilidade de saber o que você está fazendo com relaxamento porque se você relaxar vai dar errado.

Bate um nervosismo?
Alex Escobar: Nervosismo não mais, mas você não pode se desconcentrar. Não pode confundir a tranquilidade de saber o que você está fazendo com relaxamento porque se você relaxar vai dar errado. Eu brinco muito com o pessoal do estúdio, até pra eu entrar no ar no pique também. Eu funciono assim, se eu entrar na minha, ficar muito sério, chegar em cima da hora, eu noto que no ar também fico mais sério. Então já chego meio que tocando o terror, boto apelido nas pessoas, para eu entrar no ar com o pé na porta, brincando, com sorriso no rosto.


Como foi a sua transição do rádio para a tevê?
Alex Escobar: Ah, sente, né. Porque no rádio eu ia trabalhar de chinelo, bermuda. Não fazia a barba se não estivesse a fim; muitas vezes fui com a roupa que estava em casa. A responsabilidade é muito menor porque o alcance é muito menor. Na tevê, além de ter que pensar na sua imagem, tem a coisa da câmera, que você demora um pouquinho para ficar à vontade. Mas, principalmente, a coisa da responsabilidade. Tem que pensar muito bem no que você vai falar, porque o alcance é muito grande. A repercussão de tudo aqui na Globo é muito grande, para o bem e para o mal. Então a gente tem que tomar muito cuidado.

 No rádio eu ia trabalhar de chinelo, bermuda. Não fazia a barba se não estivesse a fim. Na tevê tem que pensar muito bem no que você vai falar, porque o alcance é muito grande. Então a gente tem que tomar muito cuidado.
Como você lida com as críticas?
Alex EscobarMal! (risos). Admito que eu sou meio fraco para crítica. Se a crítica é feroz, como no Twitter, eu não tô nem aí. Porque eu sei que o cara está fazendo para me agredir, então não dou bola. Mas, quando eu percebo que tem um fundamento fico bem triste. Não fico com raiva, não, fico triste. Frouxo, né, cara? Não gosto de errar.

Como foi sua experiência com Copa do Mundo?             
Alex Escobar: Copa do Mundo pra mim é Disneylândia. Trabalha-se muito porque você não manda para uma Copa do Mundo a quantidade de pessoas ideal para fazer todos os programas, então quem vai faz tudo, rala muito. Mas, ao mesmo tempo, é um sonho. Porque, como eu disse, me interesso por futebol desde muito cedo, desde muito menino. Então, primeira Copa foi em 2006, eu fui como comentarista pelo SporTV. Foi o máximo porque eu comentei o jogo de abertura e a final também. Fora outros jogos. Rodei pela Alemanha lá, foi maravilhoso. Foi quando eu vi que, finalmente, tinha ido de Bangu para o mundo.  Depois, em 2010, na África do Sul, eu já fui pelo “Bom Dia Brasil”, pela Globo. Foi mais chato, porque eu não participei dos jogos, não estava mais comentando jogo, nem narrando. E 2014, agora no Brasil, foi muito maneiro porque eu comecei a narrar no início de 2014, narrei sete jogos na Copa e foi o máximo. Desculpa quem não gosta, mas pra mim foi o máximo! Voltando à questão da crítica: com a narração voltei vinte casas. Porque como apresentador eu sou pouco contestado, muito pouco. Como narrador eu sou muito contestado. (risos) 

Admito que eu sou meio fraco para crítica. Se a crítica é feroz, como no Twitter, eu não tô nem aí. Mas, quando eu percebo que tem um fundamento fico bem triste. Não fico com raiva, não, fico triste. Frouxo, né, cara? Não gosto de errar.
 
Qual foi o programa mais difícil e o mais gratificante de ter feito? 
Alex Escobar: Ah, o difícil foi esse avião da Chapecoense, que tinha entre os mortos um amigo aqui da redação, o Guilherme Van Der Laars. Ele ficou sabendo que a mulher estava grávida do terceiro filho agora em junho, eu estava junto quando ele soube. Era um cara com quem eu convivia, me amarrava, foi duro falar da morte dele. Talvez o que tenha me deixado mais feliz tenha sido narrar uma Copa do mundo, aquilo foi sonho de criança. Eu narrava futebol de botão, vídeo game e estava narrando um jogo de Copa do Mundo, na Globo, não teve nada mais gratificante do que isso.

Como é sua rotina aqui?  
Alex Escobar: Escrevo muito pouco, muito pouco. Porque eu não saberia escrever como eles (equipe do Globo Esporte) escrevem, essa que é a grande verdade. É uma equipe montada cada um na sua. Tem os que escrevem pra caramba, nossos editores de imagem são muito bons, esses caras são de cinema. Eu tenho mais prazer em pegar o texto e deixar ele do meu jeito, não tenho texto no TP (Teleprompter, aparelho onde os apresentadores leem os textos durante os programas). Eu coloco uns tópicos e vou falando. Porque se você domina, o TP às vezes atrapalha mais do que outra coisa, então coloca no TP o que você não pode esquecer de falar e fala do teu jeito. Fica muito mais natural.
 
Então você vem pra cá e só grava o programa? 
Alex Escobar: Eu chego oito da manhã, oito e meia, porque a edição da imagem de alguns textos é muito demorada, então eu preciso estar aqui cedo pra gravar e dar tempo de gravar para o programa. Basicamente fico gravando off (áudio de fundo das reportagens) e me inteirando das coisas que estão acontecendo no dia. Às vezes, faço uma ligação ou estudo pela internet mesmo, porque justamente por eu não ler no TP eu preciso ter o programa na minha mão, preciso saber de tudo que eu estou falando ali, então eu me preparo pra isso.

Às vezes, as pessoas confundem que para ser apresentador tem que fazer graça, não é isso. Tem que ser você. A pessoa que está vendo em casa tem que ver assim e achar que é ele que tá ali, não um personagem.


Você lembra da sua primeira entrevista?
Alex Escobar: Putz, entrevista não. Eu lembro da primeira aparição na televisão que foi comentando um jogo, Figueirense e Fluminense, lá no campo do América, e eu sou América, olha que coincidência. Em casa, né.

Entre os jornalistas, quem você mais admira, quem você mais se espelha?
Alex Escobar: Ah, algumas pessoas. Eu acho o Tiago (Leifert) muito bom, Tadeu Schmidt eu acho incrível como ele fica à vontade no ar, parece que está em casa, uma naturalidade. Tadeu foi o primeiro aqui a não usar o texto no TP, aí o Tiago começou a fazer no Globo Esporte em São Paulo e eu aqui.  Às vezes, as pessoas confundem que para ser apresentador tem que fazer graça, não é isso. Tem que ser você. A pessoa que está vendo em casa tem que ver assim e achar que é ele que tá ali, não um personagem. O caminho é esse, naturalidade, a palavra-chave é essa, tem que ser natural.

Como é a sensação de olhar para trás e ver tudo que você percorreu até agora? 
Alex Escobar: É incrível! Se você me perguntar: “Qual é o teu sonho?”. Pô, nenhum. Não tenho mais sonho para sonhar. Meu sonho talvez seja ficar aqui (na Globo) enquanto tiver saúde e eles me derem um cantinho. É muito bom estar aqui, acho que o fato de não fazer planos tem me ajudado, porque isso diminui a ansiedade. Se eu posso dar uma dica para vocês é: não façam planos!


terça-feira, 7 de novembro de 2017

Estão abertas as Inscrições para o Prêmio Controversas

Por Luanna Leal



As inscrições para a 5ª edição do Prêmio Controversas de Jornalismo, do Departamento de Comunicação Social da UFF, já estão abertas e vão até 20 de novembro. Estudantes de Comunicação Social (habilitação Jornalismo) e Jornalismo, além de alunos que cursaram disciplinas nesses cursos, podem concorrer nas categorias Reportagem, produzidas em diferentes mídias, e Fotojornalismo. 

A equipe de produção vai oferecer um troféu, com design do professor Ildo Nascimento, que é responsável pela programação visual do Controversas, e um prêmio surpresa. O regulamento está disponível aqui no blog do evento.

A cerimônia de premiação vai acontecer no último dia da próxima edição do Controversas, 7 de dezembro. O evento existe desde 2010 e foi criado pelo Departamento de Comunicação com os objetivos de fomentar discussões sobre o mercado de trabalho e estimular os alunos a se desenvolverem profissionalmente.

“O evento tem se caracterizado pela forte troca de experiências e inquietações entre jornalistas, alunos e professores da UFF. Já o prêmio acaba funcionando como um complemento às palestras e debates, no reforço à formação dos alunos.  O objetivo é incentivar a produção dos estudantes e reconhecer os melhores trabalhos que estão sendo realizados no curso”, explica a professora Larissa Morais, coordenadora do evento e do prêmio.

“O Controversas se tornou um acontecimento tradicional do calendário acadêmico dos estudantes de Jornalismo. O evento é Aguardado com anseio durante o período letivo e revigora o clima entre os alunos e professores, preenche os corredores e estimula a produção e nossa inserção no mercado de trabalho”, opina a estudante Luanna Leal, que está participando da equipe de produção. 

A ideia de criar a premiação foi de um ex-aluno, Mário Cajé, atualmente jornalista da Globonews. A professora Larissa Morais conta que ele fazia parte da produção do Controversas e trabalhou muito pela realização da primeira edição do Prêmio. “Cada grupo de alunos deixa sua contribuição, e essa é uma das características mais bacanas desse projeto”, acrescenta Larissa. 

Em 2016 o primeiro lugar do prêmio foi para a aluna Bárbara da Silva Queiroz, na época no 4º período, com a matéria “Legado da Exclusão”, sobre a remoção de moradores para as obras das Olimpíadas de 2016. O segundo lugar foi para os alunos Bruno Mouro e Lucas Alves, com a matéria “Notícias Falsas”, que aborda a forma como os boatos disseminados na internet conseguem ganhar espaço nos grandes veículos. 

E o terceiro lugar ficou com a aluna Camilla Gonçalves, que analisou como o crime ambiental de Mariana afetou a cidade vizinha Governador Valadares. Em razão dos muitos elogios para a reportagem “Precisamos falar sobre suicídio”, produzida por Renan Castelo Branco, o júri decidiu conceder uma menção honrosa ao aluno.

Em 2017 o Prêmio aceita reportagens produzidas para veículos impressos, web, rádio e tevê, que serão julgadas por um júri de profissionais com experiências em diversas mídias. O grupo é formado pelos jornalistas Aydano André Motta, que foi do Globo por mais de 20 anos hoje atua como free-lancer; Che Oliveira, repórter da CBN, e Juliana Dal Piva, subeditora da Agência Lupa.

Já na categoria Fotojornalismo, o júri terá os fotógrafos Dante Gastaldoni, professor aposentado da UFF; Luiz Guilherme Fernandes, professor da Escola de Imagem; e Fábio Caffe, do Programa Imagens do Povo e integrante do Coletivo Multimídia Favela em Foco. 

 As duas primeiras devem ter sido feitas individualmente ou em dupla, enquanto as reportagens para telejornal e radio podem ser feitas individualmente ou em grupo de até 6 alunos. Por último, fica a opção de fotografia jornalística, que só aceita produções individuais.