quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Ex-alunos deixam mensagem de otimismo aos alunos de Jornalismo

Por Álvaro Danezine

Já tradicional no Controversas, a mesa Prata da Casa – formada somente por ex-alunos de Jornalismo do IACS – encerrou o evento, no último dia 7/12. A mesa ganhou destaque pela emoção dos ex-alunos que, agora já formados, tiveram a chance de lançar um novo olhar sobre a Universidade e seu passado recente como estudantes, resgatando memórias e experiências. Além disso, os convidados colaboraram para a formação dos estudantes e a percepção deles sobre o mercado de trabalho.

Os convidados começaram falando sobre suas trajetórias acadêmicas e profissionais, contando suas experiências com estágios e os importantes aprendizados que foram levados da universidade e aplicados no mercado de trabalho.

Gabriela Vasconcellos foi uma das convidadas. A ex-aluna, além de atuar como jornalista no Conselho de Contabilidade do Rio de Janeiro, apostou no Youtube e tem crescido como comunicadora nessa plataforma. Seu canal, que fala sobre estética e empoderamento feminino, já atinge os 70.000 seguidores. Sendo uma representante dos novos caminhos que podem ser trilhados pelos alunos de Comunicação Social, a jornalista e youtuber, que já trabalhou com grandes marcas, falou sobre a importância das habilidades desenvolvidas dentro da Universidade para sua carreira.

Acredito que por ser graduada em Comunicação Social tive um diferencial em termos de ser notada pelas marcas, ainda sendo muito pequena. Uma coisa que eu escuto muito – além das coisas óbvias de um jornalista como: falar muito bem e ter um português correto – é sobre credibilidade e a facilidade em me expressar, que é o que um jornalista precisa ter”, contou aos mediadores Igor Oliveira e Luan Scanferla, ambos estudantes de Jornalismo.

Pamela Mascarenhas, atuante das editorias de Política e Economia do Jornal do Brasil; Gustavo Cunha, repórter de Cultura do Jornal Extra, e Anabel Reis, repórter da TV Record, falaram sobre o trabalho em veículos da grande mídia, gerando muita curiosidade e interesse.

Gustavo Cunha também comentou sua participação na re-fundação do Jornal O Casarão, periódico do IACS que é publicado até os dias atuais. O relançamento do antigo jornal laboratório foi idealizado pela turma do ex-aluno e partiu do desejo dos discentes de ganharem experiência com um jornal impresso.

“Estávamos na faculdade de Jornalismo e queríamos um jornal. Fomos atrás dos professores e de editais pra tentar criar um periódico, de onde saiu O Casarão. O jornal foi fundamental na minha trajetória. No fim da faculdade, surgiu o processo seletivo para o jornal O Dia, onde fiquei durante um ano. Depois disso fiz o processo seletivo para O Globo/Extra, onde estou até hoje.”

Já as ex-alunas Anabel e Pamela fizeram parte da turma que produziu a primeira edição do Controversas. Anabel falou sobre  dificuldades que enfrentou no mercado de trabalho, deu dicas sobre como se destacar em um estágio e lançou um olhar encorajador para os desafios que serão enfrentados pelos alunos.

Gabriela Vasconcellos, Pamela Mascarenhas e Anabel Reis foram alguns Pratas da Casa
que contaram suas trajetórias (Foto: Amanda Costa)

Quando a gente senta aí (na plateia do Controversas) parece que tudo é distante e muito difícil (...). Quando eu revejo minha trajetória, sempre lembro de uma coisa que o Dante (professor de fotografia da UFF) me falou: quando a gente sabe exatamente onde quer chegar –  como no meu caso, eu sempre quis ser repórter de televisão – devemos traçar uma trajetória desde cedo para atingir nosso objetivo. Isso foi essencial, pois comecei a fazer coisas pra me preparar. Outro recado que fica é: não se boicote.”

O último convidado a se apresentar foi Wesley Prado, que fundou o Cineclube Utopia. O ex-aluno dividiu suas reflexões a respeito da comunicação e sua função política, que o levaram a buscar linhas alternativas de atuação para além do mercado tradicional. O primeiro passo foi dado no TCC (trabalho de conclusão de curso) com a produção do curta “Lambari”, sobre o rompimento das barragens da Samarco em Mariana-MG, que causou uma tragédia ecológica no final de 2015. O trabalho já foi selecionado em diversos festivais de cinema documentário no Brasil e no mundo.

O curta me mostrou que é possível atuar nas brechas, tensionando (com a comunicação) pelo lado de fora. É possível tensionar pelo lado de dentro, mas descobri que isso não era pra mim. Então eu preferi gastar minha energia pensando em projetos autorais e coletivos, e refletindo por quem e para quem eu estou fazendo isso. Faço a mim mesmo a pergunta: quem eu vou transformar e o que eu vou deixar a partir disso?”

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