Por Álvaro Danezine
Já tradicional no Controversas, a mesa Prata da Casa – formada somente por ex-alunos de Jornalismo do IACS – encerrou o evento, no último dia 7/12. A mesa ganhou destaque pela emoção dos ex-alunos que, agora já formados, tiveram a chance de lançar um novo olhar sobre a Universidade e seu passado recente como estudantes, resgatando memórias e experiências. Além disso, os convidados colaboraram para a formação dos estudantes e a percepção deles sobre o mercado de trabalho.
Já tradicional no Controversas, a mesa Prata da Casa – formada somente por ex-alunos de Jornalismo do IACS – encerrou o evento, no último dia 7/12. A mesa ganhou destaque pela emoção dos ex-alunos que, agora já formados, tiveram a chance de lançar um novo olhar sobre a Universidade e seu passado recente como estudantes, resgatando memórias e experiências. Além disso, os convidados colaboraram para a formação dos estudantes e a percepção deles sobre o mercado de trabalho.
Os convidados começaram falando sobre suas
trajetórias acadêmicas e profissionais, contando suas experiências com estágios
e os importantes aprendizados que foram levados da universidade e aplicados no
mercado de trabalho.
Gabriela Vasconcellos foi uma das convidadas. A
ex-aluna, além de atuar como jornalista no Conselho de Contabilidade do Rio de
Janeiro, apostou no Youtube e tem crescido como comunicadora nessa plataforma.
Seu canal, que fala sobre estética e empoderamento feminino, já atinge os
70.000 seguidores. Sendo uma representante dos novos caminhos que podem ser
trilhados pelos alunos de Comunicação Social, a jornalista e youtuber, que já
trabalhou com grandes marcas, falou sobre a importância das habilidades
desenvolvidas dentro da Universidade para sua carreira.
“Acredito que por ser graduada em Comunicação Social tive
um diferencial em termos de ser notada pelas marcas, ainda sendo muito pequena.
Uma coisa que eu escuto muito – além das coisas óbvias de um jornalista como:
falar muito bem e ter um português correto – é sobre credibilidade e a
facilidade em me expressar, que é o que um jornalista precisa ter”, contou aos
mediadores Igor Oliveira e Luan Scanferla, ambos estudantes de Jornalismo.
Pamela Mascarenhas, atuante das editorias de
Política e Economia do Jornal do Brasil; Gustavo Cunha, repórter de Cultura do
Jornal Extra, e Anabel Reis, repórter da TV Record, falaram sobre o trabalho em
veículos da grande mídia, gerando muita curiosidade e interesse.
Gustavo Cunha também comentou sua participação na
re-fundação do Jornal O Casarão, periódico do IACS que é publicado até os dias
atuais. O relançamento do antigo jornal laboratório foi idealizado pela turma
do ex-aluno e partiu do desejo dos discentes de ganharem experiência com um jornal
impresso.
“Estávamos na faculdade de Jornalismo e queríamos
um jornal. Fomos atrás dos professores e de editais pra tentar criar um
periódico, de onde saiu O Casarão. O jornal foi fundamental na minha
trajetória. No fim da faculdade, surgiu o processo seletivo para o jornal O
Dia, onde fiquei durante um ano. Depois disso fiz o processo seletivo para O
Globo/Extra, onde estou até hoje.”
Já as ex-alunas Anabel e Pamela fizeram parte da
turma que produziu a primeira edição do Controversas. Anabel falou sobre
dificuldades que enfrentou no mercado de trabalho, deu dicas sobre como
se destacar em um estágio e lançou um olhar encorajador para os desafios que
serão enfrentados pelos alunos.
Gabriela Vasconcellos, Pamela Mascarenhas e Anabel Reis foram alguns Pratas da Casa que contaram suas trajetórias (Foto: Amanda Costa) |
“Quando a gente senta aí (na plateia do
Controversas) parece que tudo é distante e muito difícil (...). Quando eu
revejo minha trajetória, sempre lembro de uma coisa que o Dante (professor de
fotografia da UFF) me falou: quando a gente sabe exatamente onde quer chegar –
como no meu caso, eu sempre quis ser repórter de televisão – devemos
traçar uma trajetória desde cedo para atingir nosso objetivo. Isso foi
essencial, pois comecei a fazer coisas pra me preparar. Outro recado que fica
é: não se boicote.”
O último convidado a se apresentar foi Wesley
Prado, que fundou o Cineclube Utopia. O ex-aluno dividiu suas reflexões a
respeito da comunicação e sua função política, que o levaram a buscar linhas
alternativas de atuação para além do mercado tradicional. O primeiro passo foi
dado no TCC (trabalho de conclusão de curso) com a produção do curta “Lambari”,
sobre o rompimento das barragens da Samarco em Mariana-MG, que causou uma
tragédia ecológica no final de 2015. O trabalho já foi selecionado em diversos
festivais de cinema documentário no Brasil e no mundo.
“O curta me mostrou que é possível atuar nas
brechas, tensionando (com a comunicação) pelo lado de fora. É possível
tensionar pelo lado de dentro, mas descobri que isso não era pra mim. Então eu
preferi gastar minha energia pensando em projetos autorais e coletivos, e
refletindo por quem e para quem eu estou fazendo isso. Faço a mim mesmo a
pergunta: quem eu vou transformar e o que eu vou deixar a partir disso?”
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